Com a alta no preço do algodão, pode-se esperar que a compra de roupas no ano de 2011 deve ficar mais cara. Isso pode ser explicado pelo forte recuo nos estoques intermediários no mundo todo, além da atuação de especuladores no mercado. No Brasil, as chuvas na época da colheita prejudicaram a oferta de algodão da safra atual, que já seria menor, uma vez que a área plantada foi 15% menor. A estimativa é de que faltarão pelo menos 250 mil toneladas de algodão para abastecer o mercado doméstico, volume que representa 25% do consumo nacional. Para minimizar o problema, o governo liberou a importação desse volume até maio do ano que vem com alíquota zero - em condições normais, a tarifa é de 10%, segundo Cervone Netto, do Sinditêxtil-SP.
Porém, conseguir o produto no exterior, não será tão fácil. Na Turquia e no Paquistão, por exemplo, inundações dizimaram as plantações, enquanto o governo da Índia proibiu as exportações do produto. "Nesse cenário, os preços internacionais não devem cair nos próximos seis meses", diz Netto, que esteve em Brasília na semana passada para negociar com o governo outras medidas de apoio à indústria têxtil nacional.
Segundo tradings que atuam no setor, as negociações com os exportadores estão cada vez mais difíceis. "Estamos conseguindo comprar, mas pagando muito mais caro e sofrendo diversos reajustes", diz um trader. Para Kuhn, do Sintex, a oferta de algodão deve se estabilizar somente a partir do segundo semestre de 2012.
O cenário preocupa o setor têxtil que considera inevitável o repasse dos custos para o varejo, já que a oferta de algodão não deverá ser normalizada no curto prazo. E ainda, a expectativa do setor é que o aumento de preços resulte em queda no consumo.
Segundo Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), os consumidores devem começar a sentir os aumentos nos preços a partir de fevereiro ou março do ano que vem. Nas contas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a alta do algodão tem um impacto de 30% a 50% nos preços dos jeans e brins.
E não são apenas as peças de vestuário produzidas no Brasil que vão ficar mais caras. Os preços das roupas importadas também devem subir, já que o elevado custo da matéria-prima atinge a indústria no mundo todo.
Segundo Rafael Cervone Netto, presidente do Sinditêxtil-SP, o setor têxtil investiu mais de US$ 10 bilhões nos últimos dez anos, ou aproximadamente US$ 1 bilhão por ano. Em 2010, os investimentos devem ficar acima média histórica, em um total de US$ 1,5 bilhão. Para Kuhn, do Sintex, a produção têxtil deve fechar o ano com expansão de 5% a 6%, e o consumo deve ter alta de 10% a 12%. "Olhando assim parece que o setor está reclamando de barriga cheia, mas o cenário para o ano que vem é crítico", diz Kuhn.
Porém, conseguir o produto no exterior, não será tão fácil. Na Turquia e no Paquistão, por exemplo, inundações dizimaram as plantações, enquanto o governo da Índia proibiu as exportações do produto. "Nesse cenário, os preços internacionais não devem cair nos próximos seis meses", diz Netto, que esteve em Brasília na semana passada para negociar com o governo outras medidas de apoio à indústria têxtil nacional.
Segundo tradings que atuam no setor, as negociações com os exportadores estão cada vez mais difíceis. "Estamos conseguindo comprar, mas pagando muito mais caro e sofrendo diversos reajustes", diz um trader. Para Kuhn, do Sintex, a oferta de algodão deve se estabilizar somente a partir do segundo semestre de 2012.
O cenário preocupa o setor têxtil que considera inevitável o repasse dos custos para o varejo, já que a oferta de algodão não deverá ser normalizada no curto prazo. E ainda, a expectativa do setor é que o aumento de preços resulte em queda no consumo.
Segundo Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), os consumidores devem começar a sentir os aumentos nos preços a partir de fevereiro ou março do ano que vem. Nas contas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a alta do algodão tem um impacto de 30% a 50% nos preços dos jeans e brins.
E não são apenas as peças de vestuário produzidas no Brasil que vão ficar mais caras. Os preços das roupas importadas também devem subir, já que o elevado custo da matéria-prima atinge a indústria no mundo todo.
Segundo Rafael Cervone Netto, presidente do Sinditêxtil-SP, o setor têxtil investiu mais de US$ 10 bilhões nos últimos dez anos, ou aproximadamente US$ 1 bilhão por ano. Em 2010, os investimentos devem ficar acima média histórica, em um total de US$ 1,5 bilhão. Para Kuhn, do Sintex, a produção têxtil deve fechar o ano com expansão de 5% a 6%, e o consumo deve ter alta de 10% a 12%. "Olhando assim parece que o setor está reclamando de barriga cheia, mas o cenário para o ano que vem é crítico", diz Kuhn.
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