sexta-feira, 29 de abril de 2011

Do minimalismo à criação das fibras sintéticas, a moda dos anos 90 deu bons passos sustentáveis



mar 28, 2011 0 Comentários por Colunista
Fonte : http://style.greenvana.com/2011/do-minimalismo-a-criacao-das-fibras-sinteticas-a-moda-dos-anos-90-deu-bons-passos-sustentaveis/

O mundo se transforma a medida que o século XXI se aproxima. Pela primeira vez, assistimos pela televisão uma guerra ser detonada — via Mr. George W. Bush, é claro!).
Na moda, os anos 90 adquiriram um caráter de mistura, absorvendo referências vindas das mais diversas realidades. Simbolicamente, com a queda do muro de Berlim em 1989, podemos considerar este marco como uma metáfora da moda: uma união e aceitação de pessoas, valores, conceitos e culturas.

A globalização se reflete na moda fragmentada das tribos das ruas: os esportistas, os grupos musicais da periferia, os nerds do Vale do Silício, dos clubbers e da moda de brechó — que eu adoro!!! O mundo é fashion e as marcas fortes dos anos 90 são Gucci, Prada e Versace.
O minimalismo dá um grito de guerra contra os excessos dos anos 80; a individualidade se reforça com os personal trainers, personal stylist; surgem o telefone celular, a TV a cabo e a internet.

Foi nos anos 90 que as campanhas que combatem o uso de peles e couro de animais ganharam força e buscou-se substituí-los por materiais sintéticos. Em tempo: eu, particularmente,  não condeno o uso do couro, uma vez que considero este material um subproduto da carne. O dia em que a sociedade se tornar vegetariana, sem dúvida fará sentido não usarmos mais couro. Mas convenhamos: pele é crueldade pura!


A indústria de cosméticos também foi pressionada a não fazer experiências com animais. Com isso, passaram a explorar muitos produtos naturais sem elementos químicos. O rótulo de “Amigos da natureza” virou um emblema  – seriam os primeiros sinais de greenwashing?
Mas, sem dúvida, a grande revolução da década foi a produção em massa de fibras sintéticas e semissintéticas — resistentes, versáteis e mais baratas! A vantagem de não dependerem dos instáveis e limitados recursos da natureza fez os olhos dos estilistas “eco” brilharem. Além, é claro, de preservarem a vegetação e os animais.
Mais: quem não lembra da microfibra? Fincou bandeira por ser levíssima, prática, macia, colorida e quase impossível de amassar (leia: “economiza ferro de passar, logo energia”). E, para fechar o século passado com chave de ouro, reproduzo aqui a frase de A. Dufresne:

“O nulo segue a moda, o pretensioso a exagera, o elegante estabelece um acordo com ela”

Daniela Arruda (arruda.dani@terra.com.br) é empresária, professora e consultora. Sua coluna sobre moda, design e comportamento é publicada às segundas-feiras.
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